quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Nova Amelia, 18 de Outubro de 1944.



Ao querido Jack Froten,





Enquanto você escrevia, eu dizia... Eu dizia.
Na verdade essa seria a primeira coisa da qual me lembraria,
Se não fosse a ultima que se esvai de minha mente.
E antes que eu me vá, que fique clara a esperança rastejante.
Esperança que me deixa partir.
Agora, enquanto você escreve, eu digo.
- E digo mais uma vez pra memória -.
Agora essa é a ultima coisa que eu deixo, antes de cruzar aquela porta.
E você escreve, você escreve...
Da musica, eu já escuto as notas delicadas ao longe.
Da historia, eu vejo as pegadas fincadas tão fundo no chão.
E você é o meu mais querido, o qual a foto já se tornou outro membro de mim mesma tal é o meu carregar desta para onde vou.
Espero que saiba que eu não voltarei, embora seja aqui o lar de meu coração.
Espero que entenda que jamais olharei pra trás, procurando encontra-lo, se sei que já não estará mais lá.
A partir dessa data, serei a melhor amiga do tempo, e seu pior pesadelo,
Pois já não temo de maneira alguma a morte, ou nada que me traga dor.
As coisas já não fazem mais sentido, e eu prefiro agora que seja assim.
Uma vez que quinze minutos demoram uma eternidade pra passar, enquanto duas horas morrem no curto espaço de tempo no qual compreende-se o suspiro.

Mas que você nunca duvide do quanto eu te amo, ou do quanto seu rosto ficará marcado em minha memória até muito além do infinito.
Juro aqui, que minha alma à sua pertence. E se você quiser-me dar sua alma, juro que esta morrerá comigo, trancada em meu coração.


Assim despeço-me.
Sempre sua,
Julienne Dawn.


(* inspirada na musica the stockholm syndrome)

Um comentário:

Nadine Bagshot disse...

"i dread the moment when you finally come to kill me"

lindo texto, minha byotch ; )