sábado, 16 de fevereiro de 2008

Então, por fim.

Eu me dou ao luxo de dispensar o seu comentário. Dispenso-o ardentemente. Digo que me dou ao luxo, pois prefiro pensar que sou eu quem não quer ouvi-lo, e não você quem não quer dizê-lo...
Dou-me também o luxo de dispensar a sua voz, o seu sorriso, os seus conselhos - tantas vezes furados e inúteis (levando em consideração as suas crenças), tantas vezes únicos e dotados de exclusiva atenção -. Pois muito bem, dispenso-lhe por inteiro. Agora vá, suma. Você tem tantos outros para comentar as suas frivolidades... Tantos outros tais quais você. Assim sendo, por que sentir falta de um velho tão inútil e por demais ajuizado, que se limitaria a dar tapas em sua cabeça, conforme o decorrer de suas histórias absurdas?
Vá. Leve o cheiro dos seus cabelos, a erva doce, a cor verde... Leve tudo, tudo que deveria estar guardado nalgum lugar da memória. Suma e seja, enfim, aquilo que sempre desejou, sem se importar com o que fica. Não preocupe-se por demais. Permita-me, porém o luxo de, assim como você o faz, não mais lembrar-me, não mais desejar...
Quero somente matar de maneira rápida e definitiva a necessidade de sua lembrança para seguir. Então, vá. Suma e leve tudo com você.

2 comentários:

Acadius Piscius disse...

Não foi feito nenhum comentário até agora... ê, eu sou o primeiro! hehe
needless to say que você a cada postagem dá um passo gigante pra frente... vou só esperar alguns meses.. hehe
te amo, linda!
beijão!

silencio disse...

Esse me lembrou algo bem Fernanda Young =D

Adorei.