terça-feira, 13 de novembro de 2007

A frialdade ORGâNICA da Terra

Os vasos arrebentam-se. E de maneira interna, de forma apenas a deixar seus vestígios.
De modo que não haja dor...
E, devagar, as manchas vão aparecendo. Primeiramente tímidas e, depois, de forma mais junta e viva. Deixando bem clara a sua presença vermelha.
Começam mais tarde as olheiras e as tremedeiras continuas, o ar de constante medo e aflição.
Quando, por fim, esquece-se do conjunto, a vida começa a ter novamente o seu charme.
As coisas são novas e indecifráveis.
Brancas e vazias. E esta é a melhor fase.
Antes de entrar no estado seguinte, a euforia é constante.
Por fim, cortam-se os vasos. Pois demora por demais esperar que estes arrebentem-se sozinhos.

Um comentário:

silencio disse...

Aaaamm!! Acho que entendi sim o que você quis dizer ;)
Menina, você escreve bem demais! Você consegue criar cenas tão claras, sensações tão vivas. Gostei!! Vou lendo os outros textos aos poucos, os que eu perdi, porque só hoje entrei no blog.

=***** parabéns!